quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Elogio a Mulher Angolana



Belas mulheres Angolanas, nossas mães, tias, vizinhas, e até desconhecidas... Desconhecidas não! porque mesmo que não as conheceres, a pátria as conhece...
A mulher Angolana é bonita e inteligente, humilde e guerreira, simpática e acolhedora, charmosa e bem humorada, ingénua e inocente, carinhosa e conquistadora, serena e atenta, ela é a flor que desabrocha todas as manhãs...
Com um sorriso, ou uma lágrima no rosto...
E mesmo assim ela sai em busca de novos desafios
De novas conquistas
De grandes batalhas
Nunca deixando faltar o pão para os seus filhos... e se faltar é porque falta pra ela também, é porque por mais fundo que ela tenha ido, não conseguiu alcançar o seu objectivo...
Mas ela não se cansa, no dia seguinte lá vai ela de novo... teimosa!
Teimosa porque tem sempre patente a esperança em seu rosto
A vontade de vencer no brilho de seus olhos
Á todas as mulheres Angolanas: mães e filhas, irmãs e cunhadas, esposas e sogras, tias e sobrinhas...
Mulheres que de alguma forma lutaram e continuam lutando para que Angola seja um país cada vez melhor
O MEU "MUITO OBRIGADO"
por serem minhas companheiras dessa grande pátria... dessa Imensa Angola!
Especialmente a minha mãe "Meu Ídolo" que é sempre será Mulher de Mérito!



Dedico este poema de Dr António Agostinho Neto "Poeta Maior" ás Mulheres Angolanas

Adeus à hora da largada

Minha Mãe
(todas as mães negras
cujos filhos partiram)
tu me ensinaste a esperar
como esperaste nas horas difíceis

Mas a vida
matou em mim essa mística esperança

Eu já não espero
sou aquele por quem se espera

Sou eu minha Mãe
a esperança somos nós
os teus filhos
partidos para uma fé que alimenta a vida

Hoje
somos as crianças nuas das sanzalas do mato
os garotos sem escola a jogar a bola de trapos
nos areais ao meio-dia
somos nós mesmos
os contratados a queimar vidas nos cafezais
os homens negros ignorantes
que devem respeitar o homem branco
e temer o rico
somos os teus filhos
dos bairros de pretos
além aonde não chega a luz elétrica
os homens bêbedos a cair
abandonados ao ritmo dum batuque de morte
teus filhos
com fome
com sede
com vergonha de te chamarmos Mãe
com medo de atravessar as ruas
com medo dos homens
nós mesmos

Amanhã
entoaremos hinos à liberdade
quando comemorarmos
a data da abolição desta escravatura

Nós vamos em busca de luz
os teus filhos Mãe
(todas as mães negras
cujos filhos partiram)
Vão em busca de vida.

2 comentários:

  1. Olá linda Elca,

    parabéns pelo teu blog! Força para mulheres como tu!

    Que as mulheres sejam mais unidas e lutem por um mundo mais feminino, isto é, com mais amor!

    Mil beijos,

    Lueji Dharma

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  2. Oi Elca!
    Que venham as mulheres angolanas com sua energia e vitalidade a contagiar a todas as mulheres do mundo!
    Bjs no coração
    Renata
    http://cercaviva.blogspot.com/

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